Estas vozes de outubro nos ciprestes
farfalham guilhotinas. Rosas pensas
cantam para morrer. Unhas de vento
dobram páginas rubras quando sopram.
Estas vozes de outubro nos ciprestes
anotam meus presságios: quem nos salva
das intrigas, da morte ou da velhice?
Graníticas falésias onde ancora
o musgo, ancora a sombra dos navios.
Estas vozes de outubro nos ciprestes
desenham tempestades, traçam planos
para um barco de sólidos conveses.
Zorba dança e circula no apogeu
das lágrimas; e ganha o que perdeu.
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