sexta-feira, 3 de junho de 2022

SONETO PLACENTÁRIO

 SONETO PLACENTÁRIO


Numa bolha, quem sabe a do planeta,
sobrevivo aos impactos da beleza,
pois a bela e terrível natureza
nos mostra quanto a coisa ficou preta.
Desastres, terremotos e a mureta
de ozônio a desfazer-se; é, com certeza,
forte sinal do lixo e da impureza
talvez pior que a volta de um cometa.
Pasárgadas não há diante do aviso.
Gastamos nosso véu para os flagelos
e, logo, por completo, o nosso juízo.
Raios azuis de estranha iluminura
nos farão recuar, seres tão belos
que só tiveram mãos para a loucura.

Nenhum comentário:

Postar um comentário