quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
CLUBE DO BODE
CLUBE DO BODE
A João Soares Neto
Para o bode dos sábados, amigo,
retorno hoje às tardes desta rua,
na qual temos por tenda sob a lua
tantos livros e afetos como abrigo.
Sopra a brisa de outubro, o azul antigo
nas crônicas do João se perpetua;
lembra o clube, o repente, a vida crua,
palmas também às damas, sem perigo.
Neste lugar, portanto, Soares Neto,
mandacarus florescem, canta o galo,
verdeja ao longe o milharal discreto.
O caprino (em seu trono) agora berra
vendo servir à mesa, e que regalo!
pedaços de outro bode, irmão da terra.
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