quinta-feira, 17 de julho de 2014
O SUBSOLO
O SUBSOLO
Legiões de minúsculos roedores
descobrem meus poemas.
Cevam-se deles.
Uma colônia de tropos
um arsenal de elegias
um supermercado de hai-kais,
dividem agora os cupins
em várias e desconexas
correntes de solidão.
Nenhum manuscrito foi poupado.
Nos restantes da broca
o desenho da fome,
as marcas do escuro,
a doce fúria branca.
Tinta, mofo, papel, palavras
espaço mecânico,
abismos pensados,
metáforas roucas,
danaram-se então para longe,
sob o terror organizado
que liberta os signos cativos.
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