O DÉCIMO SEGUNDO
Taças finas quebrei neste duelo.
Ocupo as mãos solícitas e paro
a cada girassol que em tempo raro
me faça ver-me um outro, paralelo.
Farfalha a rosa, se desprende o elo,
mas nada me contenta: o brinde claro
e as nódoas de meu dia onde preparo
um outro, o fazem grande, o fazem belo.
Não fui além de um reles assovio,
ecos doídos da quimera infância,
malvas de solidão pranteando o rio.
Taças finas quebrei na epifania.
Guardanapos, ardei na inconsistência,
palavras, vade em busca da poesia.
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