Jorge Tufic (1930-) - O grande Poeta brasileiro que habita o Ceará
Jorge Tufic, um dos melhores nomes da nossa poesia!
O SUBSOLO
Legiões de minúsculos roedores
descobrem meus poemas.
Cevam-se deles.
Uma colônia de tropos
um arsenal de elegias
um supermercado de haicais,
dividem agora os cupins
em várias e desconexas
correntes de solidão.
Legiões de minúsculos roedores
descobrem meus poemas.
Cevam-se deles.
Uma colônia de tropos
um arsenal de elegias
um supermercado de haicais,
dividem agora os cupins
em várias e desconexas
correntes de solidão.
Nenhum manuscrito foi poupado.
Nos restantes da broca
o desenho da fome,
as marcas do escuro,
a doce fúria branca.
Tinta, mofo, papel, palavras
espaço mecânico,
abismos pensados,
metáforas roucas,
danaram-se então para longe,
sob o terror organizado
que liberta os signos cativos.
Nos restantes da broca
o desenho da fome,
as marcas do escuro,
a doce fúria branca.
Tinta, mofo, papel, palavras
espaço mecânico,
abismos pensados,
metáforas roucas,
danaram-se então para longe,
sob o terror organizado
que liberta os signos cativos.
Poema de Jorge Tufic
Minuta de Diego Mendes Sousa
E dizer que nos frequentávamos. Que ficamos horas "trocando figurinha". Um mestre! Fomos a Mariana e Ouro Preto. Estive com ele em Fortaleza. Longos papos, e a noite amanhecia. Dói profundamente, sabê-lo de repente encantado.
ResponderExcluirEscrevo em meu coração: Tufic, obrigado pela amizade, pelo convício e pela poesia. A literatura brasileira perde um de seus poetas mais criativos da atualidade. Eu, irmão menor da águas, perco um irmão. À família, meus sentimentos.