segunda-feira, 19 de outubro de 2015

HOMEM



HOMEM


Trajetória de sombra dispersada 
Das mãos lhe escorre o tempo que sonhou. 
Quantas almas possui na alma pisada? 
Qual dentre todas a que mais amou? 
Seus passos abrem sulcos de alvorada. 
Por estrelas errantes se enredou. 
Onde a sua face ausente procurada 
E as ilhas de além-mares que fundou? 
Máscara leve lhe recobre a fronte. 
(O silêncio por trás constrói o mito) 
Traz nos ombros a sombra do horizonte. 
De fundas cicatrizes cava o mundo. 
E, sendo humano, um pouco de infinito 
Guarda no peito como em céu profundo. 

TUFIC, Jorge. Varanda de Pássaros. Manaus: Valer, 2005. p.21 

IN: http://almaacreana.blogspot.com.br/

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