sexta-feira, 30 de outubro de 2015

SONETO PARA MORGIANA, A SERVA



SONETO PARA MORGIANA, A SERVA

Sem ti, Morgiana, de que vale a senha,
moedas de ouro, alforjes bem recheados
desses maravedis antes roubados
por 40 ladrões de alma ferrenha?
Ali Babá só transportava lenha
sobre burricos velhos, maltratados;
mas abriu-se a caverna – aqueles brados!
e a seus pés a fortuna se despenha.
Sem ti, porém, Morgiana, o que seria
de minha casa assinalada a giz,
dos potes onde a lâmina sorria?
Com certeza, Morgiana, vale pouco
a riqueza sem olhos, e o que fiz
juntado ao que fizeste é um sonho louco.

Nenhum comentário:

Postar um comentário