quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

DUETO PARA SOPRO E CORDA,

SONETO A QUATRO MÃOS (*)


O poeta Simônides falando
mandou às favas gregos e troianos.
Considerou o Bem um Mal nefando,
Sem lugar entre os bípedes humanos.

Tentar organizar-se é um desmando
que não seduz ao Caos nem aos arcanos.
- Ao templo labiríntico, o comando!
A vida é um sopro e não comporta enganos.

Ainda disse Simônides: - Ó cínicos!
Fujamos, pois, dos mestres e dos clínicos, 
decepemos de Hipócrates o crânio!

Tábula rasa, o círculo e a poeira
dissiparão a dúvida primeira
na certeza do pássaro instantâneo.

* Com Luciano Maia

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