AOS
CONFRADES E AMIGOS DO CHÁ DO ARMANDO
Ao Chá do Armando a taça que faltara
quando,
sem mim, quiseram-me presente;
e aos oitenta que sou,
alegremente,
um dia a mais tão logo
acrescentara.
Laços comuns, saudades,
uma rara
força
nos une transcendentalmente;
pois,
sendo longe, o perto se consente
anular
a distância que separa.
Fica-me
bem ser lágrimas e rosas.
Mas
como agradecer aos meus amigos
pelos
brindes, com rimas fastidiosas?
Contudo,
a gratidão me transfigura.
Sou-lhes
grato, meus últimos abrigos,
companheiros
da luz em noite escura.
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