SONETO À TEIMOSIA
Coração verde é o coração da gleba
adubado por crostas milenares;
lá onde mares críticos de ameba
guardam anjos de augustos lapidares.
Mas, peraí jumentos destes ares,
que o verso musical a musa enseba;
e no sebo dormitam jugulares
dantanhos seres como o velho peba.
Modernidade azul, que já não fazes
com a mistura das letras, dos cartazes,
da bosta urbana com pesados sinos!
Deter quem há-de a marcha da serpente,
a voz do mito, o feto opalescente
que se agarra aos despojos uterinos?
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