DOS JOVENS GOLIARDOS
IV
Assim me fiz de esponja e mó lavrada.
Pisei fundo os lugares que renego.
Na simpleza das flores cravei reinos
e a vida inteira é o fardo que carrego.
A estrela da manhã desfez-se em poeira
sobre meu rosto de pesar nativo.
Rosas do povo hemoptises rosas
me anoitecem curvado e pensativo.
Orfeus da mata atlântica, Vinícius,
Carlos Drummond, Cecília e quantos mais
foram se incorporando aos meus inícios.
Rimas e versos já não são, porém,
corredores do velho nem do novo.
Este mal não se pega de ninguém.
Nenhum comentário:
Postar um comentário