quarta-feira, 19 de agosto de 2015
DOS JOVENS GOLIARDOS III
DOS JOVENS GOLIARDOS III
Tomo os primeiros goles deste vinho
que há-de ser o meu sangue e a minha cruz.
Talco das luas sou, pois me condeno
a sonhar bem maior do que esta luz.
Exauridas centelhas e naufrágios
pulsações do universo, alguns edemas
tenho inflado nas horas do absurdo:
silentes brejos, góticos poemas.
Alta noite me acordo subscrito
ao desespero branco, lauda fria,
glosas de mim na súmula de um grito.
Pertenço mais à vida que à penumbra
das estantes lavradas em seu fogo.
Qualquer brinde ao que passa me deslumbra.
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