domingo, 8 de janeiro de 2012

SONETO REVISTO

SONETO REVISTO

Do espelho à flor extinta que te ampara
- amanhecida paz, silente rosa –
saltam meus olhos neste ver de agora
por dentro do silêncio e da miragem.

A forma branca de que nasce o dia
pressente a noite com seus astros novos;
vésper acode, assume a claridade
sobre a face de sono que a ilumina.

Fulgor do que se move e se transmuda
ao vislumbre de um cósmico dilúvio,
és o princípio, o frêmito corpóreo.

Porque te abres apenas rubra messe,
frágil manhã que os pássaros celebram
- e só duras o instante de uma estrela.

Um comentário: