segunda-feira, 23 de abril de 2012

AGENDA 1965

22/23/maio


Posso dizer como a Betina da coluna social: Max Martins de passagem por Manaus, abraçando os companheiros do Clube da Madrugada.- Um domingo igual aos outros. Eliana ainda com febre. Permaneço em casa, lendo e cuidando da menina. Ao refletir sobre a província, vêem-me aquelas palavras do Ernesto Pinho: é aqui que devemos ficar até um dia sermos descobertos pelo mundo.

24/maio


A imensa tortura da espera. Nada mais chato do que esperar. Falava um seringalista do Alto Purus que a justiça brasileira foi feita para quem vive mil anos. Quem sabe por isso trocaram no Acre a lei do Direito pela lei do rifle 44. Enquanto isso, em nosso caso, a paciência desgasta o paciente, ou, quando se alcança o objeto de tanta expectativa, a vantagem virou farinha e a farinha, ventosidade.


25/maio


¨Ascensão e queda do terceiro Reich¨, página 206: ¨O destino – observou Speidel a propósito do vacilante general Fromm – não poupa os homens cujas convicções não se harmonizam com a vontade de pô-las em execução¨.


26/maio


Terminei ¨O Gato¨, poema . Com mais alguns do mesmo quilate, reúno uma plaquete e faço que ela chegue à ¨A Porta de Livraria¨, de Antonio Olinto, antes do encerramento do concurso. Já lhe enviei o ¨chão sem mácula¨, ainda sem resposta. Mas a falta de sorte inclui também o silêncio do Getúlio Alho, a quem remeti uma carta falando do projeto de uma antologia de contos.- Mais uma explosão do padre à porta de um jornal da avenida Eduardo Ribeiro. Agora ele envolve meu nome não sei em que assunto, nem quero saber. O mal se destrói por si mesmo.





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