domingo, 1 de abril de 2012

DUETO PARA SOPRO E CORDA


SONETO PARA SÉRGIO PANDOLFO

 

 

Da Ribeirinha aos cantos da conquista,

de Camões a Pessoa e deste a nós,

o português geofônico e a sós

se expande além do mar e além da vista.

 

Caravelas de luar, sol de ametista,

nele outras línguas antes dele e após

fazem seu néctar: músicas da voz

sobra enfim do massacre indigenista.

 

Delícia azul, velejo ultramarino,

marca-lhe os sons o ferro da saudade,

prisão do afeto náutico e salino.

 

Para tanto sofrer, tão grande fama.

Morre num catre o gênio dessa Idade.

Por todo o orbe seu clarão derrama.

2 comentários:

  1. Meu caríssimo Jorge Tufic. Que agradabilíssima surpresa ver e degustar esse maravilhoso soneto que me houvera dedicado há algum tempo e agora o reencontro postado em seu blogue. Só me cumpre agradecer a distinção (que vinda de vc é sempre natural)e a lisonja. Cordial abraço. Sérgio Pandolfo

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  2. seu comentário foi enviado para o Jorge Tufic

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