ALENCAR E SILVA
POR JORGE TUFIC
Acha-se também, e com justiça, incluído
na antologia de André Seffrin, ¨Roteiro da Poesia Brasileira¨- ANOS 50, Global
Editora, SP, 2007, sob a direção de Edla van Steen,- parte de uma série que
trata das raízes até o ano 2000, um instrumento auxiliar e da maior valia para
o estudo das fases e dos processos criativos de nossa literatura. ¨Os anos 50
foram dos períodos mais férteis da poesia brasileira do século XX ¨ Tempo de
grandes aventuras formais, suplementos literários, debates, performances.
Fazendo coro às mudanças e inovações, Alencar e Silva foi um dos teóricos da
¨poesia de muro¨, apoiada pelo Clube da Madrugada e outras correntes estéticas
que fizeram história.
¨Poesia Reunida¨é de 1987, com três
livros, apenas, de sua laboriosa oficina, editados entre 1965 e 1986.
Apresentando-a, discursa o poeta e cronista L. Ruas, de saudosa memória:
¨Gostaríamos apenas de dizer que Alencar e Silva comprova, na edição desta obra
conjunta, que permanece fiel a si mesmo, o que equivale dizer que permanece
fiel à sua singular vocação poética¨. E Elson Farias, no prefácio à primeira
edição de ¨Lunamarga¨, não deixa por menos: ¨O livro que temos em mãos, além do
timbre pessoal característico da expressão autêntica, traz as melhores
qualidades da atual poética brasileira: profundidade mítica, angústia, a
palavra existindo livre dos luxos supérfluos e do comum, dolorosamente sofrida
e recriada no espaço vital do seu mundo.¨ A fortuna crítica tonteia pelas
celebridades: José Alcides Pinto, Ramayana de Chevalier, Arthur Engrácio,
Antísthenes Pinto, Genesino Braga, Guimarãs de Paula, Anísio Mello...
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