POESIA
FALADA
As
palavras
só
mudam de posição,
quando
mudam.
O
léxico pára, constipa-se.
Dilui-se
numa torrente
de
bocas paralelas.
Fecha-se
o trânsito.
Emergem
os calçadões,
canteiros,
placas,
monumentos.
Os
copos
de plástico
asfixiam
as bactérias.
O
bronze roubado
divide
as metalúrgicas.
As
colisões são tantas
que
os nomes
soterram
os numes.
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