quinta-feira, 7 de maio de 2015

PRÓLOGO

PRÓLOGO

Aqui estou para dar meu testemunho
da sucessão de perdas que me fazem
sentir que a vida é um outro, iluminado:
sempre alguém sonha e faz o que pensamos,
sempre pensamos no que faz sonhar.
A porta era de zinco? Chão de estrelas.
A canção tinha nome ou tinha voz?
Carlos Drummond de Andrade em seu Boitempo
nos conduz ante portas e janelas:
inventários, serestas e relógios
brincam de solidão cantam marias.
Em Pedro Nava as chácaras florescem
nas conversas, nas luas e nos ossos,
fundas lembranças, súbitos remorsos.


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