Voragem
Rostos que nunca vi, jacintos murchos
cujas sonatas frias me
tocaram,
estes rostos não quero: eles são breves
no desfile das pálpebras
cerradas.
Penso naqueles outros, familiares
rostos de toda vida.
Cata-ventos
da rua ainda sem nome, alagadiço
porão da infância, arpejos e
trigais,
dai-me a ver novamente ou mesmo em sonho,
estes semblantes
nunca repetidos,
graves alguns, mas todos inseridos
na memória dos
dias voluntários.
Cemitério, talvez, dessas lembranças,
todas, em mim, são
rosas e crianças
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